Um novo estudo realizado por cientistas da UCLA descobriu que as mulheres diagnosticadas com câncer de mama e tratadas com um regime de uma semana de radiação parcial da mama após a remoção cirúrgica do tumor, ou tumorectomia, não tiveram nenhum aumento na recorrência do câncer ou diferença em termos de resultados cosméticos quando comparadas com mulheres que receberam radiação de toda a mama, por um período de até seis semanas após a cirurgia. O estudo é um dos maiores já feitos sobre irradiação parcial da mama.
O estudo durou duas décadas e foi chefiado pelo Dr. Mitchell Kamrava, professor assistente de Oncologia de Radiação na UCLA e membro do Jonsson Comprehensive Cancer Center. Kamrava e sua equipe descobriram que com irradiação parcial da mama a duração total do tratamento pode ser reduzida a uma semana porque a menor área de tratamento permite uma dosagem mais alta por tratamento. Além disso, como a radiação parcial da mama é mais direcionada, há menos exposição para os órgãos vitais como os pulmões e o coração.
O novo tratamento, formalmente conhecido como irradiação parcial da mama acelerada com braquiterapia multicateter intersticial, funciona irradiando apenas tecido mamário em e ao redor da área onde o tumor foi removido. O atual padrão de atendimento, chamado terapia de conservação da mama inteira, envolve irradiação de toda a mama após a cirurgia, geralmente ao longo de cinco a sete semanas. Isso resulta em exposição prolongada à radiação e pode potencialmente levar a mais efeitos colaterais.
“Isso nos dá confiança já que há um grupo de mulheres que são candidatas adequadas para a radiação da mama parcial e mais mulheres devem discutir com seus médicos essa opção de tratamento”, disse Kamrava.
O estudo seguiu mais de 1.000 mulheres que receberam irradiação parcial da mama após a cirurgia, com um seguimento médio de cerca de sete anos.
A próxima fase para Kamrava e sua equipe será analisar os resultados de ensaios clínicos randomizados comparando a irradiação completa versus parcial da mama.
O estudo completo está disponível on-line no jornal Annals of Surgica lOncology.
Fonte: medcenter.com